JULGAMENTO DO MENSALÃO

O “mensalão”, agora, ocupa lugar de destaque no noticiário midiático. Daqui por diante, esse julgamento do STF estará em todas as manchetes. Mas neste País, assolado por três vergonhas nacionais (os impostos extorsivos, a corrupção desenfreada e, principalmente, a impunidade generalizada) não convém esperar punições exemplares pelo STF. Não tenho visto nada ser feito pelo Judiciário para acabar com essas bandalheiras!

E o que dizer do Legislativo? Contaminado com parlamentares que só buscam interesses e vantagens pessoais (há exceções, felizmente) e por um governo incomPeTente e desinteressado de exterminar esses males em suas origens ?

Chama atenção o fato de que o influente advogado Márcio Thomaz Bastos, que atua na defesa de um dos réus e designou pelo menos outros dez, todos seus discípulos, para trabalhar na defesa dos mensaleiros, como ex Ministro da Justiça de Lula, "apadrinhou" cinco dos onze ministros que integram o Supremo. Ele é chamado de "GOD" (Deus) pelos colegas. Quem quiser saber mais, leia a Veja desta semana, que traz robusta reportagem sobre o caso do mensalão (pags. 66/79). Imperdível e inacreditável!

Hoje, terça 31, vem a notícia de que o Ministro José Antonio Toffoli vai participar do julgamento do mensalão, que deve começar amanhã. Vejam só, ele é intimo de Lula, foi advogado do PT, foi, também, assessor da Casa Civil quando o ministro era o mensaleiro José Dirceu e, não bastasse, até 2009 era sócio do escritório da advogada Roberta Maria Rangel, que defendeu outros mensaleiros, que, agora, é sua "namorada" . Alguém acredita que Toffoli, com esse curriculum, terá isenção no julgamento ???

FHC falou e disse : "Tenho muita confiança de que o Supremo Tribunal Federal mostrará que as instituições do Brasil valem. O que for correto, absolve, e o que for crime, castiga. Claro que o juiz julga pela lei, mas a lei não é algo que não tenha relação com a vida. A opinião pública não pode substituir a lei. Mas a existência de opiniões da sociedade faz parte de um processo eminentemente político", concluiu Fernando Henrique Cardoso. EU GOSTARIA MUITO DE TER A MESMA CONFIANÇA, MAS TENHO AS MINHAS DUVIDAS...