quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Cinismo Sindical"


Por causa das operações-padrão realizadas por servidores da Polícia Federal, Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária, navios não puderam carregar ou descarregar mercadorias. Como decorrência, pacientes ficaram sem remédios de uso continuado que não são fabricados no País e empresas ficaram sem insumos para produzir. Cidadãos tiveram negado o direito de ir e vir, por causa da suspensão da emissão de passaportes, dos congestionamentos nos aeroportos e do bloqueio das estradas. E o atraso na liberação de produtos de exportação prejudicou as empresas num momento em que, por causa da crise, é cada vez mais difícil exportar. A Associação de Comércio Exterior do Brasil estima em US$ 12 milhões por dia a perda financeira das empresas, somente com armazenagem.
Quando alegam que os grevistas que tiveram o ponto cortado não poderão pagar aluguel, supermercado e pensões alimentares, por causa do corte integral do ponto, as lideranças sindicais do funcionalismo dão a dimensão de seu cinismo. São as mesmas lideranças que, depois de terem desacatado a proibição de realização de operações-padrão determinada na semana passada pelo STJ, agora batem nas portas do STF, reclamando do corte do ponto - o que é previsto por lei - e acusando o governo de tentar negociar "pondo a faca no pescoço".
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, pág. A3, de 22/08/2012.

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