quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Candidatos começam a colocar campanhas nas ruas e população reclama de barulho e poluição visual."


A 46 dias para o dia da eleição os candidatos a prefeito e vereadores de Caraguatatuba começaram, somente agora, a colocar cavaletes, bandeiras e carros de som nas ruas da cidade. A movimentação considerada por muito fraca até o momento, deve tomar forma e começar mesmo a esquentar a partir do próximo mês, reta final da campanha e momento decisivo para os postulantes a uma vaga no serviço público. Para a população, a estratégia de colocar faixas, cartazes, e circular com carros de som incomoda e chega até a prejudicar a paisagem da cidade.
Para a professora aposentada Maria de Lourdes Ribeiro, 65 anos, é preciso colocar propostas, conhecer os candidatos ao invés de apenas olhar placas em esquinas ou pontos estratégicos. “Acredito que o candidato que queira ser eleito precisa sair ás ruas, conversar com as pessoas e conhecer um pouco da realidade do Município. Às vezes, a distribuição de santinhos, papéis nos semáforos acabam atrapalhando um pouco ao invés de ajudar”, disse.
A distribuição de santinhos também é um dos grandes defeitos de uma campanha política na opinião do comerciante Jose Marcos Sobrinho, 45 anos, para ele a evolução tecnológica e a facilidade de outros meios de comunicação deveriam extinguir completamente a distribuição de papéis em período eleitoral. “Meu cunhado mora em São Paulo e lá, ele disse, que a lei da cidade limpa é rigorosa. Aqui também deveria ser assim, afinal, com tanta gente preocupada em preservar o meio ambiente não é possível que os candidatos a vereador e prefeito não pensem em diminuir o número de materiais impressos”, afirmou.
Os carros de som com jingles de campanha também são alvos de muitas queixas da população. “O pior é que as musiquinhas ficam na cabeça o dia inteiro. Tem umas que até vai lá, mas, em compensação de candidato que faz paródia com repertórios de um mau gosto terrível”, brincou Sobrinho.
Para o colaborador de campanha Luiz Jose Campos, o fato de dois candidatos terem enfrentado problemas com o Tribunal Regional Eleitoral (TER) enfraqueceu um pouco o início da campanha, mas, a partir do próximo mês a evolução será gradativa e necessária. “Esta eleição foi um pouco atípica porque tivemos dois candidatos com pedido de impugnação e que, de certa forma, segurou um pouco os outros. A indefinição deste cenário prejudicou o início da campanha, mas, na medida do possível vamos aumentando gradativamente o ritmo das caminhadas, comícios e visitas. Isto é meio natural e, na minha opinião, a reta final é a mais importante. É o período onde você angaria o voto dos indecisos e consolida aqueles que já simpatizam com determinado candidato”, explicou.

Fonte: Jornal Imprensa Livre, pág. B2, de 22/08/2012.

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