A 46 dias para o dia da
eleição os candidatos a prefeito e vereadores de Caraguatatuba começaram,
somente agora, a colocar cavaletes, bandeiras e carros de som nas ruas da
cidade. A movimentação considerada por muito fraca até o momento, deve tomar
forma e começar mesmo a esquentar a partir do próximo mês, reta final da
campanha e momento decisivo para os postulantes a uma vaga no serviço público.
Para a população, a estratégia de colocar faixas, cartazes, e circular com carros
de som incomoda e chega até a prejudicar a paisagem da cidade.
Para a professora aposentada
Maria de Lourdes Ribeiro, 65 anos, é preciso colocar propostas, conhecer os
candidatos ao invés de apenas olhar placas em esquinas ou pontos estratégicos. “Acredito
que o candidato que queira ser eleito precisa sair ás ruas, conversar com as
pessoas e conhecer um pouco da realidade do Município. Às vezes, a distribuição
de santinhos, papéis nos semáforos acabam atrapalhando um pouco ao invés de
ajudar”, disse.
A distribuição de santinhos
também é um dos grandes defeitos de uma campanha política na opinião do
comerciante Jose Marcos Sobrinho, 45 anos, para ele a evolução tecnológica e a
facilidade de outros meios de comunicação deveriam extinguir completamente a
distribuição de papéis em período eleitoral. “Meu cunhado mora em São Paulo e
lá, ele disse, que a lei da cidade limpa é rigorosa. Aqui também deveria ser
assim, afinal, com tanta gente preocupada em preservar o meio ambiente não é
possível que os candidatos a vereador e prefeito não pensem em diminuir o
número de materiais impressos”, afirmou.
Os carros de som com jingles
de campanha também são alvos de muitas queixas da população. “O pior é que as musiquinhas
ficam na cabeça o dia inteiro. Tem umas que até vai lá, mas, em compensação de
candidato que faz paródia com repertórios de um mau gosto terrível”, brincou
Sobrinho.
Para o colaborador de
campanha Luiz Jose Campos, o fato de dois candidatos terem enfrentado problemas
com o Tribunal Regional Eleitoral (TER) enfraqueceu um pouco o início da
campanha, mas, a partir do próximo mês a evolução será gradativa e necessária. “Esta
eleição foi um pouco atípica porque tivemos dois candidatos com pedido de
impugnação e que, de certa forma, segurou um pouco os outros. A indefinição
deste cenário prejudicou o início da campanha, mas, na medida do possível vamos
aumentando gradativamente o ritmo das caminhadas, comícios e visitas. Isto é
meio natural e, na minha opinião, a reta final é a mais importante. É o período
onde você angaria o voto dos indecisos e consolida aqueles que já simpatizam
com determinado candidato”, explicou.
Fonte: Jornal Imprensa
Livre, pág. B2, de 22/08/2012.
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