quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nesse "affaire" da CS Stella Maris vem bem a calhar o adágio da canção do saudoso caipira Mazzaroppi "o que ouro não arruma, não tem mais arrumação...". A ganancia e a voracidade financeira das "santas" irmãs da Irmandade, dona e gestora do hospital, secundadas pelos médicos que compõem o hermético Corpo Clínico, parecem não ter mesmos limites, inviabilizando a possibilidade de um acordo amigável, razoável e justo.
O jornal Imprensa Livre, em sua edição de hoje (24/4), na pg. B3, publica matéria mostrado porque esse acordo não sai. Hoje a "Santa Casa" recebe de convênios R$ 936 mil, 796 mil da Prefeitura e mais 140 mil do Estado. Com a implantação da UPA Municipal, a Irmandade pleiteou por escrito, na época, um repasse adicional de R$ 682,8, depois reduzido para R$ 528 mil, para dar uma retaguarda hospitalar a UPA nos casos de atendimentos de média e alta complexidade, mas não houve acordo com a Prefeitura. Agora, a Prefeitura oferece, alem do que já paga (R$ 796 mil), um valor adicional de R$ 670 mil, que o Secretário de Saúde considera razoável. Mas a Irmandade agora não quer mais aqueles R$ 682,8 mil antes pleiteados e reivindica agora um repasse adicional mensal de 1,1 milhão, mais R$ 750 mil para pagar médicos .
Como diz, na reportagem citada, o Secretário Municipal de Saúde  Sérgio Luiz Pinto Ferreira: "Estamos vendo que pacientes não são atendidos, que é difícil conseguir vaga na UTI, quando o pedido é feito pela UPA, mas está difícil negociar com pessoas (as irmãs e os médicos) que mudam de opinião todo dia." E para completar o drama, os médicos do Corpo Clinico resolveram parar o atendimento dos usuários dos serviços de saúde  gerando um clima caótico, absurdo, injustificável, inadmissível e desumano. Aí está a situação e a explicação de que "o que ouro não arruma, não tem mais arrumação"...
Que fique aqui registrado, para evitar interpretações equivocadas, que eu respeito as irmãs, como não poderia deixar de fazer, como religiosas, não porem como gestoras da nossa Santa Casa. Não vamos misturar as coisas, com religião não se brinca e as opções religiosas de todos merecem sim respeito!

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